O filme d Alan J. Pakula, feito há mais de 32 anos, explana sobre o escândalo político de Watergate ocorrido em 1972, mostrando uma reconstituição de tudo que acontecera nas investigações jornalísticas até que o caso pudesse ser solucionado em seus trâmites legais.
Tudo começa com suspeitas. Os repórteres Robert Woodward e Carl Bernstein, do renomado Washington Post, querem descobrir quais foram os cinco homens que invadiram o edifício Watergate, exatamente onde se encontrava o hall com o quartel-general do Partido Democrata, e o por quê da invasão.
A partir de então, eles acabam deslumbrados pela possível oportunidade de encontrarem um dos maiores furos jornalísticos a que teriam acesso em suas carreiras: um aglomerado de fatos suspeitos que indicavam a uma presumível culpa do presidente vigente, Richard Nixon.
Para conseguir as respostas, Woodward e Bernstein vestem-se da imagem de jornalistas que “fazem de tudo” para conseguir as requeridas informações. Eles trabalham sempre na obscuridade, com informações duvidosas, fontes não-oficiais, e muita dedicação à causa. Praticaram assim, um jornalismo arriscado, por que a cada momento em que mais se envolviam, mais árdua ficava a responsabilidade de apurar os dados para dar satisfação aos editores-chefes e aos leitores que viriam a ler. Qualquer deslize seria provavelmente precursor de demissão.
O que os dois repórteres estavam fazendo, era recorrer, mesmo que involuntariamente, à Ética do Utilitarismo – criada por dois economistas franceses nos séculos XVIII e XIX. Os fundadores diziam que era preciso que os seres humanos ajam de forma a beneficiar o maior numero possível de pessoas, independentemente de casos de infelicidade pessoal que essa medida viesse a causar.
Felizmente, no caso Watergate, os jornalistas estavam corretos quanto às suas expectativas. Richard Nixon renunciou a presidência antes mesmo que pudesse ser imputado criminalmente sobre acusações. Vários outros envolvidos no crime também foram presos e indiciados por seus atos delinqüentes.
Entretanto, nem sempre o desfecho pode ser tão simples como fora esse. No Brasil, no ano de 1994, a imprensa do país, anunciou indiscriminadamente casos de abuso sexual realizado contra adolescentes — o memorável fato da Escola Base. Após meses de investigação e especulação midiática, provou-se que os principais acusados eram na verdade inocentes, causando assim inúmeros problemas de caráter profissional (reputação dos jornalistas) e social (indenizações aos indivíduos lesados, por exemplo).
Esse tipo de jornalismo que é descrito durante o livro (e também o vídeo), quase não é mais encontrado nas redações atuais, principalmente pelo fato de os jornais serem estritamente comerciais e os editores continua priorizando a publicidade. Com o avanço das assessorias de imprensa, também se percebe que as redações de jornais tornaram-se extremamente dependentes de agências de noticias (principalmente pra matérias internacionais) e das próprias assessorias — que mandam matérias exalando um engajamento muitas vezes inexistente.
Tudo começa com suspeitas. Os repórteres Robert Woodward e Carl Bernstein, do renomado Washington Post, querem descobrir quais foram os cinco homens que invadiram o edifício Watergate, exatamente onde se encontrava o hall com o quartel-general do Partido Democrata, e o por quê da invasão.
A partir de então, eles acabam deslumbrados pela possível oportunidade de encontrarem um dos maiores furos jornalísticos a que teriam acesso em suas carreiras: um aglomerado de fatos suspeitos que indicavam a uma presumível culpa do presidente vigente, Richard Nixon.
Para conseguir as respostas, Woodward e Bernstein vestem-se da imagem de jornalistas que “fazem de tudo” para conseguir as requeridas informações. Eles trabalham sempre na obscuridade, com informações duvidosas, fontes não-oficiais, e muita dedicação à causa. Praticaram assim, um jornalismo arriscado, por que a cada momento em que mais se envolviam, mais árdua ficava a responsabilidade de apurar os dados para dar satisfação aos editores-chefes e aos leitores que viriam a ler. Qualquer deslize seria provavelmente precursor de demissão.
O que os dois repórteres estavam fazendo, era recorrer, mesmo que involuntariamente, à Ética do Utilitarismo – criada por dois economistas franceses nos séculos XVIII e XIX. Os fundadores diziam que era preciso que os seres humanos ajam de forma a beneficiar o maior numero possível de pessoas, independentemente de casos de infelicidade pessoal que essa medida viesse a causar.
Felizmente, no caso Watergate, os jornalistas estavam corretos quanto às suas expectativas. Richard Nixon renunciou a presidência antes mesmo que pudesse ser imputado criminalmente sobre acusações. Vários outros envolvidos no crime também foram presos e indiciados por seus atos delinqüentes.
Entretanto, nem sempre o desfecho pode ser tão simples como fora esse. No Brasil, no ano de 1994, a imprensa do país, anunciou indiscriminadamente casos de abuso sexual realizado contra adolescentes — o memorável fato da Escola Base. Após meses de investigação e especulação midiática, provou-se que os principais acusados eram na verdade inocentes, causando assim inúmeros problemas de caráter profissional (reputação dos jornalistas) e social (indenizações aos indivíduos lesados, por exemplo).
Esse tipo de jornalismo que é descrito durante o livro (e também o vídeo), quase não é mais encontrado nas redações atuais, principalmente pelo fato de os jornais serem estritamente comerciais e os editores continua priorizando a publicidade. Com o avanço das assessorias de imprensa, também se percebe que as redações de jornais tornaram-se extremamente dependentes de agências de noticias (principalmente pra matérias internacionais) e das próprias assessorias — que mandam matérias exalando um engajamento muitas vezes inexistente.
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