domingo, 2 de novembro de 2008

Já viu seus e-mails hoje?

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É impressionante a revolução cultural que estamos vivenciando. Você já se perguntou com quantos anos teve seu primeiro contato com um computador? Provavelmente se você for um jovem ou um adulto de meia-idade vai responder que foi há no máximo quinze anos, quando o “saudoso” Windows 3.x estava em seu auge.

Uma máquina dessa época não se assemelhava nem um pouco com as maravilhas que vemos por aí, nada de recursos gráficos verossímeis, telas LCD de 21 polegadas, ou som estéreo. Os computadores eram usados como uma máquina de escrever avançada, com uma calculadora simples, e um explorador básico de arquivos. Os usuários, muitas vezes, não tinham muito conhecimento de informática e cursos de capacitação eram projetos de luxo.

Uma década e meia se passou desde essa iniciação, e parece que já vivemos em outro mundo — pelo menos no que diz respeito às novas tecnologias e inclusão digital. Hoje, além de tudo, computadores são sinônimos de comunicação. Eles não são apenas meios de extensão do homem em questão de armazenamento de informações ou resoluções de problemas lógicos; são muito mais do que isso, pois além de aumentarem a capacidade cognitiva, eles permitem ao usuário entrar em dimensões de conhecimento inimagináveis anteriormente, principalmente com o advento e popularização da internet.

Para uma grande parte da população mundial, entrar no Google, digitar as palavras-chave da vez e encontrar milhares de páginas de conteúdo, tornou-se algo tão banal como fazer as refeições diárias. É uma cultura nova, mas que está sendo assimilada cotidianamente; e o assustador e indagante é perceber o pouquíssimo tempo que se passa para que tudo isso aconteça. As novas tecnologias são uma forma de mantimento para a geração atual, que está sedenta por novidades e disposta a aprender a qualquer custo.

No Brasil, principalmente depois do ano de 2005, quando o governo federal lançou uma gama de projetos de inclusão digital (mesmo que falhos), essas mudanças culturais têm acontecido mais rapidamente do que nunca. Quem nunca se deparou com uma cena de garotos e garotas, de oito ou nove anos de idade, passando horas em frente à tela do computador? Ou quem já não presenciou uma lan house lotada de crianças e adolescentes vidrados em jogos e comunicadores instantâneos? Mais ainda, quem nunca foi surpreendido pela célebre pergunta: “Você tem orkut?”.

É certo que ainda há uma enorme parcela da população mundial que nem ao menos tem idéia das inovações tecnológicas existentes, — principalmente na Ásia e na África—, mas não há como ignorar que, por outro lado, a inclusão seja gigantesca. De acordo com pesquisas divulgadas em 2006 pela empresa EMarketer, mais de um bilhão de pessoas tem acesso à internet atualmente. Os Estados Unidos, na época, lideravam a lista, com 175 milhões de usuários (posto tomado pela China pouco mais de um ano depois). Já nossa América Latina possuia 70 milhões de internautas, sendo a região do mundo em que os aumentos eram os mais significativos: 70%.

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Lorena Gonçalves - 2008 / 2009 - Todos os direitos reservados.
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