domingo, 2 de novembro de 2008

Mozilla Firefox, o panda vermelho

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Em Setembro de 2002, nascia o pequeno Phoenix. Apenas mais um software criado pela recente Mozilla Foudation. O objetivo? Dar fim à criação anterior, os navegadores Mozilla, que eram baseados no antiqüíssimo Netscape Navigator (atualmente peça de museus cibernéticos).

A criança foi crescendo, e o projeto não pareceu tão ruim assim aos olhos seus idealizadores, que antes duvidavam de sua aceitação. Foi assim que Phoenix tornou-se o adolescente Firebird em 14 de abril de 2003. Entretanto o tempo foi passando, e inúmeras disputas judiciais por patentes e nomes convincentes foram armadas, fazendo com que a Fundação Mozilla o nomeasse oficialmente, marcando sua identidade no meio cibernético.

Dessa forma, em nove de fevereiro de 2004, o promissor software passou a se chamar "Mozilla Firefox", ou apenas Firefox. O nome, que causa indagações por sua distinção dos demais conhecidos, não faz referência à sua tradução literal (raposa de fogo) como muitos imaginam, mas sim a um animal típico da região do sul da China, o Panda Vermelho.

O software surgiu como uma alternativa ao monopólio do Internet Explorer da Microsoft, e trouxe distinções que revolucionaram o conceito de navegadores de rede. Firefox é um programa de código fonte aberto, ou seja, todos podem ver sua constituição e da modificá-la. Por causa disso, é muito comum encontrar versões Beta (melhoradas com um algo a mais, ou direcionadas para determinadas funções) na rede. Outro diferencial é a nova concepção da relação de interação entre usuários e produto, que os add-ons (funções optativas) e as skins (temas e aparências personalizáveis) que podem ser adicionados, propicia. Além disso, é possível encontrar versões oficiais do Firefox com alguns dessas extensões mais requeridas já instaladas, como a barra de busca rápida que faz pesquisas diretas nos sites mais acessados da internet, como Google, Wikipédia, Mercado Livre, Yahoo e BuscaPé.

No entanto, apesar de tantas opções oferecidas, indiscutivelmente o grande marco que o software da Mozilla Foundation trouxe ao mundo digital foi o conceito das "abas". Com uma infinidade de guias que podem ser abertas ao mesmo tempo dentro de uma mesma janela, o usuário ganha muito mais dinamicidade na navegação; algo que contrariava todas as versões de browsers anteriores. No Internet Explorer, por exemplo, era preciso abrir uma nova janela para cada página visualizada, o que gerava uma poluição visual na tela e gastava mais memória virtual dos computadores.

O Firefox é sem dúvida, o browser não Microsoftiano mais aceito em todo o mundo. Exatamente por ser leve, rápido, personalizável e de fácil compreensão, o software ganha espaços gigantescos na Guerra dos Navegadores. De acordo com pesquisas da OneStat, em novembro de 2005, o programa já contabilizava 11,51% do uso mundial; já em janeiro do último ano, essa porcentagem havia aumentado para 11,69%. Os números podem parecer pequenos, mas a vitória é avassaladora se pressupormos que a grande maioria de todos os computadores do mundo usam a plataforma operacional do Windows (Microsoft), e que todas essas máquinas já possuem o Internet Explorer (maior concorrente) instalado.

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Lorena Gonçalves - 2008 / 2009 - Todos os direitos reservados.
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