domingo, 2 de novembro de 2008

Resenha: Tabac, la Conspiration

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Tabac, la Conspiration é uma co-produção francesa e canadense, dirigido por Nadia Collot. O documentário lançado em 2006 tem o objetivo de mostrar toda a máfia que é criada nos bastidores da produção do tabaco no Canadá, e levou mais de três anos de pesquisas para ser concluído.

A produção buscou abordar de forma clara como os grandes empresários canadenses do tabagismo se empenham para afirmar seus interesses, obter mais lucro e aliciar mais pessoas para o uso de seus produtos. Desta maneira, muitas cenas são pensadas como reconstituições de fatos reais – reuniões de líderes, cientistas corrompidos, projeções publicitárias etc.

As primeiras cenas de Tabac, la Conspiration mostram o número exacerbado de pessoas que são viciadas em cigarro no mundo, o espalhamento do produto em âmbito geral e os malefícios causados por ele. Para exemplificar isso, Nadia Collot utiliza de depoimentos de pessoas que sofrem ou sofreram algum tipo de dano na saúde em decorrência do vício, ou de pessoas que de forma indireta influenciam ou influenciaram a formação do pensamento dos novos adeptos da nicotina pelo cigarro.

No desenvolvimento da trama, algumas entrevistas com personalidades envolvidas de alguma forma com a indústria do cigarro. Um dos depoimentos mais chocantes diz respeito a um grande publicitário, que incitou o aumento do número da droga pelos filmes de Hollywood e que hoje tem câncer e infelizmente encontra-se em estado terminal de saúde.

O filme apresenta cenas fortes, como, por exemplo, o testemunho de uma mulher, viciada durante anos pelo cigarro, e que precisou retirar seu esôfago, por isso ela se alimenta e fuma por um orifício na região frontal do pescoço; explicitando o real intuito do documentário, que é demonstrar os danos causados pelo cigarro.

Tabac, la Conspiration termina de uma forma original, demonstrando quantas pessoas morreram por causa do cigarro durante o período em que o filme foi exibido. O documentário serve de alerta a todos que são dependentes químicos da nicotina, voluntária ou involuntariamente como os fumantes passivos.

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Lorena Gonçalves - 2008 / 2009 - Todos os direitos reservados.
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