quinta-feira, 11 de junho de 2009

América do Sul monitorada pelos EUA

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Estados Unidos reativam frota da II Guerra Mundial e causam tensão na UnaSul

No último dia 10 de março, o Conselho de Defesa Sul-americano se reuniu pela primeira vez, em Santiago, capital do Chile. O encontro, promovido por iniciativa brasileira, teve a participação dos doze ministros da Defesa de doze países da América do Sul. O Conselho foi criado para o diálogo na região, no qual se pode desenvolver e compartilhar atividades conjuntas.

De acordo com o ministro da Defesa chileno, José Goñi, “o Conselho não constitui uma aliança militar no sentido clássico, não temos inimigos externos identificados.” No entanto, em maio do ano passado, época de oficialização da criação da UnaSul, os Estados Unidos da América (por meio do presidente George W. Bush e da secretária de Estado Condoleezza Rice, declararam a reativação da IV Frota. Trata-se de um comando militar voltado às atividades náuticas, criado durante a II Guerra Mundial para abater navios e submarinos alemães que atacavam embarcações mercantes dos países aliados aos EUA no Cone Sul.

A IV Frota fora extinta no início da década de 50, e foi reostentada sob a justificativa de que “trata-se de uma demonstração dos Estados Unidos com seus aliados na região.” O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou preocupado dois meses após a oficialização desse comando militar, e pediu explicações. “Nós agora descobrimos petróleo em toda a costa marítima brasileira, a 300 quilômetros da nossa costa, e nós, obviamente, queremos que os Estados Unidos nos expliquem qual é a lógica desta Quarta Frota. Nós vivemos numa região totalmente pacífica.”

Apesar da declaração de Lula, a o continente enfrenta problemas sérios, causados principalmente por conseqüência do tráfico de drogas. Na América do Sul, os grandes produtores de cocaína (Colômbia, Peru, e Bolívia) garantem a distribuição da droga pelo mundo. Neste processo, o Brasil é um dos maiores atores da rota internacional do tráfico. Após alcançar os destinos internos, as drogas vão para o litoral, alimentar o narcotráfico em outros continentes.

O dinheiro gerado pela comercialização ilícita de drogas dá continuidade ao tráfico de drogas e a outras atividades ilegais, como corrupção política e judicial, tráfico de pessoas, além de financiamento de grupos paramilitares, como o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, o PCC em São Paulo, e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Neste ano, a ONU, Organização das Nações Unidas, informou que o cultivo da coca registrou aumento nos países andinos, apesar das políticas oficiais de erradicação de plantações e incentivos a outras práticas agrícolas. De acordo com o documento da instituição, no ano de 2007, a área cultivada chegou a 181,6 mil hectares, uma área maior do que a cidade de São Paulo. Nesse período, a Colômbia foi responsável por 600 toneladas; o Peru 290 toneladas; e a Bolívia, 104 toneladas de cocaína.

A principal rota de tráfico sai da Colômbia para os EUA, por meio do Caribe. De acordo com o governo de Álvaro Uribe, 80% da produção é levada em lanchas rápidas, capazes de transportar até uma tonelada e meia por viagem. No entanto, há uma nova rota de importância para os países africanos. Segundo um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc), drogas ilegais são a causa de crimes na Guiné-Bissau e em Cabo Verde.

O órgão da ONU sugeriu que o tráfico de drogas na América do Sul representa uma grande ameaça à estabilidade de nações do oeste da África. “Cabo Verde é um país que recebe muito turismo, sobretudo turismo europeu. Alguns destes turistas se transformam em traficantes de drogas, levando a cocaína para a Europa”, afirmou Giovanni Quaglia, representante do Unodc no Brasil.

Um dos principais indicadores das conseqüências do narcotráfico na América do Sul é o dinheiro investido em armamentos. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres registrou, em cinco anos, um aumento de 91% dos gastos com armamentos na América Latina, que passaram de US$ 24,7 bilhões em 2003, para US$ 47,2 bilhões em 2008. Neste período, a Venezuela comprou aviões Sukhoi, fuzis Kalashnikov e submarinos, todos armamentos russos. Outros grandes importadores bélicos foram Colômbia, Brasil e o Chile.

Os armamentos contribuem para a manutenção de grupos paramilitares, e consequentemente a violência no continente. Um exemplo ocorreu em março do ano passado, quando um ataque colombiano contra um campo da guerrilha das Farc, causou tensão entre o país e o Equador. Até hoje, Quito e Bogotá ainda não restabeleceram suas relações diplomáticas.

3 Comentários

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Sebastião Santos.

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Lorena Gonçalves - 2008 / 2009 - Todos os direitos reservados.
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